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O controle de estruturas é a pedra de toque do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Tensões e dilemas se somam na apreciação daquilo que deve e do que não deve ser submetido à análise prévia do CADE, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O controle de estruturas encerra a intervenção direta do Estado no domínio econômico, equilibrando, de um lado, a livre iniciativa (ou o empreendedorismo, como já mais atualmente se refere), com, do outro, a defesa da concorrência, vetor central da atuação do CADE. Diz-se pedra de toque do sistema pois, sem o controle de estruturas, relega-se a atuação do CADE à repressão ao abuso de poder econômico, ou seja, a situações e circunstâncias em que danos à concorrência e à ordem econômica já poderão ter sido efetuados e concretizados. Não por outra razão que a maioria avassaladora das jurisdições antitruste no mundo adota o sistema de análise prévia de atos jurídicos que tenham o condão ou a potencialidade de produzir efeitos sobre o processo competitivo.
Com título inspirado em uma obra do artista Paulo Nazareth, Lima, em sua introdução, apresenta os múltiplos significados que “negros na piscina” produz, sentidos estes que, carregados de ironia, expõem as contradições e tensões que estão por trás de uma aparente representação festiva.