A chegada do príncipe regente D. João e da Corte ao Rio de Janeiro marcou o início do caminho para a independência. A antiga colônia passou a ter um ministério e todas as instituições necessárias num governo monárquico tradicional, de Antigo Regime. Em 1815 passou a ser um Reino Unido ao de Portugal. Com a revolução constitucionalista de 1820 no Porto e as Cortes de Lisboa teve início um movimento dos deputados portugueses no sentido de o Brasil voltar a ser colônia. A decisão de D.Pedro de desobedecer às Cortes e não regressar a Portugal facilitou o caminho para uma “independência
moderada”, atenta às necessidades do Brasil, mas que depois se transformou numa independência total. São estes os temas principais deste estudo.
É necessário analisar a independência do Brasil a partir da conjuntura de Reino Unido criada por D. João VI em 1815. Uma informação que tem sido pouco divulgada entre os historiadores era a de que Talleyrand nesse ano aconselhava que o Brasil adquirisse o título de Reino Unido a Portugal e que D. João aí permanecesse enviando D. Pedro como vice-rei para Portugal.
Com título inspirado em uma obra do artista Paulo Nazareth, Lima, em sua introdução, apresenta os múltiplos significados que “negros na piscina” produz, sentidos estes que, carregados de ironia, expõem as contradições e tensões que estão por trás de uma aparente representação festiva.