O livro explora a evolução da política de defesa da concorrência, desde seus primórdios até a cristalização, nos últimos quarenta anos, da hegemonia da Escola de Chicago, que acabou por transformar a política antitruste em um “jogo de contas de vidro”, marcado por uma agenda
tecnocrática, em prejuízo do combate aos monopólios e ao abuso do poder econômico, que é indissociável do movimento que levou à criação
do antitruste.
Com muita propriedade, o autor indica as mudanças conjunturais e estruturais que estão reacendendo o debate acerca da necessidade de
reavaliação do paradigma da Escola de Chicago e de reaproximação do antitruste às suas raízes na economia política. Os fatores conjunturais
incluem o abrandamento da globalização e o ressurgimento de preocupações geopolíticas e econômicas, enquanto, entre os fatores estruturais, podem ser elencados o crescimento da economia digital, o debate sobre transição energética e o aumento da desigualdade de renda.
Ao longo do bem estruturado texto, Vinícius demonstra como esses fatores se entrelaçam para estimular o reflorescimento de uma política mais combativa de defesa da concorrência, exigindo uma revisão de seus objetivos e métodos, a exemplo do que já se viu nos Estados
Unidos, especialmente no governo do presidente Biden. Para tanto, lança um olhar retrospectivo com o objetivo de compreender o desenvolvimento da política de defesa da concorrência como política pública, examinando como ela se desenvolveu e se difundiu, especialmente no Brasil. A obra busca entender como e por que a política de defesa da concorrência se tornou uma ferramenta de modelagem da relação entre o Estado e o mercado.
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Com título inspirado em uma obra do artista Paulo Nazareth, Lima, em sua introdução, apresenta os múltiplos significados que “negros na piscina” produz, sentidos estes que, carregados de ironia, expõem as contradições e tensões que estão por trás de uma aparente representação festiva.