Poemas tecidos

Poemas Tecidos inaugura uma nova etapa na vida de Carlos Godoy e vem coroar seus anos de plenitude. O livro representa, ain da, uma renovação em sua caminhada pessoal e profissional, uma vez que a abertura necessária ao psicanalista para escutar seus anali santes, já presente no trabalho com as Artes Plásticas e no modo de conviver com as pessoas, renasce, agora, sob nova dimensão. A reviravolta em sua vida o surpreendeu: sem conhecer nem pensar em fazer Poesia ou sem ter a intenção de criar poemas, ines peradamente, o fazer poético impôs-se. “Tudo começou com o COVID.”, afirma Carlos. Diante da distância imposta pela realidade e da frieza, pelas “telas”, certo dia, o iniciante-poeta escreve um poema, como respos ta a um texto que havia sido lido e discutido, num encontro online. A interlocutora encantou-se com o gesto e o texto “Ancoradouro”. Foi, então, que o olhar poético de Carlos passou a deslocar-se para as metáforas, como a de ancoradouro, que assinala sua nova maneira de jogar com as palavras, aliando-as à profunda emoção dos dois últimos versos do poema. Maria da Graça Abreu